Um romance secreto e proibido que mudará para sempre a vida dos seus protagonistas…
Sinopse:
Em Porto Negro, capital da ilha de São Cristóvão, toda a gente conhece Santiago Cardamomo, o bom malandro que trabalha na estiva, tem meio mundo de amigos e adora mulheres, de preferência feias, raramente passando uma noite sozinho. O seu sucesso junto do sexo oposto enche, aliás, de inveja aqueles a quem a sorte nunca bateu à porta, sobretudo o enfezado Rolindo Face, que há muito alimenta esperanças no amor de Ducélia Trajero - a filha que o patrão açougueiro guarda como um tesouro. Mas eis que, no dia em que ensaiava pedir a sua mão, assiste sem querer a um pecado impossível de perdoar que acabará por alterar a vida de um sem-número de porto-negrinos, entre os quais a da própria mãe; a de um foragido da justiça que vive um amor escondido para se esquecer do passado; a de Cuménia Salles, a dona do Chalé l’Amour, a mais afamada casa de meninas da cidade; ou a de Chalila Boé, um mulato adamado que, nas desertas horas da madrugada, se perde pelo porto à procura do amor.
O Pecado de Porto Negro, obra finalista do Prémio LeYa, é um mosaico de histórias que se vão encadeando para construir um romance admirável sobre o carácter circular do destino e a capacidade que o passado tem de nos vir bater à porta quando menos esperamos.


Opinião:
O enredo desta obra desenrola-se em Porto Negro, uma cidade situada na Ilha de São Cristóvão, vinda da imaginação deste autor.
Da imaginação deste autor também vem Santiago Cardamomo, um mulherengo que parece que não tem emenda, que todas as mulheres desejam e que todos os homens acabam por o invejar. Temos Ducélia Trajero, uma menina pacata, que desde muito cedo se apaixona por Santiago e sonha um dia viver essa paixão. É ela que conquista aos pouquinhos o coração do mulherengo, de tal forma que ele não passa sem ela. Mas nem tudo são rosas e graças a Rolindo Face este grande amor tem um fim trágico.
Claro que a descrição que faço destas três personagens e da obra é super resumida, mas com toda a certeza que já vos espicacei a curiosidade. Ao fazerem a leitura desta obra vão descobrir ao detalhe cada uma destas e de outras personagens que fazem parte deste romance em Porto Negro, tanto que vai parecer que convivem com todas elas no vosso dia-a-dia. Vão estar ao corrente de todos os pensamentos das personagens como se estivessem dentro das suas cabeças, vão conhecer o seu passado, os seus sonhos, as suas decisões, os seus desejos e tal como na vida real, nem tudo o que se deseja e quer é o que se tem ou merece. Vamos ter a justiça pelas próprias mãos, já que por vezes a decisão pelo juiz e seus jurados não é a mais justa. E vamos viver tudo isso como se tudo estivesse a acontecer mesmo ao nosso lado. Mas não pensem que tudo é dado de mão beijada, muitas das vezes vamos ter de esperar pela altura certa para se saber mais um pouco desta história, temos de ser pacientes, mas não é isto que nos vai “chatear” e fazer com que se “largue” esta leitura, bem pelo contrário, ainda mais curiosos ficamos e devoramos o livro como se não houvesse amanhã.
Mais uma excelente obra finalista do prémio Leya, e mais uma prova de que os escritores portugueses têm uma imaginação genial.



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